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6 de maio de 2009

USO DO COMPUTADOR NAS SALAS DE AULA

Prezados leitores, começamos neste espaço a expor parte das concepções que construímos nos últimos anos, frente ao uso do computador em nossas salas de aula, fortemente apoiados em autores que abordam a referida temática.

Acreditamos que o computador é uma ferramenta de auxílio ao desenvolvimento cognitivo do aluno, ao criarmos um ambiente de aprendizagem, onde os alunos possam desenvolver habilidades, em um contexto onde se faça uso de imagens e simuladores. Através das aprendizagens colaborativas, ativas, facilitadas, os alunos podem construir a sua interpretação do mundo real, interiorizando os conhecimentos e organizando-os.
Valente (1993) argumenta a favor da entrada dos computadores na sala de aula, rompendo os paradigmas pedagógicos e educacionais das escolas.
“...o computador pode enriquecer ambientes de aprendizagem onde o aluno, interagindo com os objetos desse ambiente, tem chance de construir o seu conhecimento.” (Valente 1993, pág. 24-25)
Ao discutirmos como e para que o computador deve ser utilizado por professores e alunos na escola, percebemos que a informática deve estar a serviço da produção, desenvolvimento e socialização do conhecimento. Para Petitto (2003), o computador pode ser um grande parceiro na busca do conhecimento, levando em consideração que a informática educativa deve ser vista como uma forma de utilização dos computadores e seus recursos no processo de ensino-aprendizagem na escola.
Na concepção de Lévy (1998), ao refletirmos sobre as possibilidades de aplicação da informática na educação, devemos analisar e considerar a mutação contemporânea da relação com o saber. A primeira questão apontada pelo autor refere-se à velocidade do surgimento e da renovação dos saberes e do saber fazer (know-how); a segunda, ligada à primeira, considera a equivalência entre trabalho e aprendizagem; a terceira questão nos mostra que o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas: a memória (bancos de dados, hipertextos), a imaginação (simulações), a percepção (sensores digitais, realidades virtuais) e os raciocínios (inteligência artificial).

Clique aqui, e use um simulador de Física e analise o quanto estes são poderesos na possibilidade da ampliação de nossa imaginação, de um fenômeno físico em estudo.

Defendemos em nossas contribuições iniciais que a informática não deva ser apenas uma novidade a mais na escola, não devendo ser encarada como um remédio que resolverá os problemas educacionais, mas deverá servir como um novo caminho no processo educativo, de apropriação do conhecimento para transformá-lo, modificando a si mesmo e à sociedade. Deve ser uma ferramenta a mais para a criação de debates dos novos e velhos conhecimentos. Novos conhecimentos deverão ser agregados, produzidos, através da exploração das várias possibilidades e caminhos existentes, nestes novos processos educativos que existem ou ainda virão a existir.