Pesquisar no blog

23 de março de 2009

Será que existe vida “inteligente” fora do planeta Terra?

Amigos leitores, uma discussão ocorrida em um churrasco com amigos, sobre a possibilidade da existência de vida fora de nosso planeta Terra, me desafiou a escrever sobre o assunto, exponho o meu posicionamento e o relaciono com conhecimentos científicos sobre o assunto.

A minha visão está fortemente influenciada pelos meus ex-orientadores do mestrado, os doutores Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Inicialmente defendemos a idéia de não existir vida inteligente em todos os demais planetas do sistema solar. Em recentes descobertas, observou-se que em marte, onde existe água, em forma de vapor e sólido, em que evidências apontam para a possibilidade da existência de água líquida no passado, mesmo assim ainda não existe comprovação sobre a existência ou não de nanobactérias, em análises efetuadas por cientistas.
Quando tratamos da idéia de não existir vida inteligente fora do sistema solar, levo em consideração a opinião de Kepler e Maria de Fátima: “A inteligência, interesse sobre o que está acontecendo no Universo, é um desdobramento da vida na Terra, resultado da evolução e seleção natural. Os seres inteligentes produzem manifestações artificiais, como as ondas eletromagnéticas moduladas em amplitude (AM) ou frequência (FM) produzidas pelos terráqueos para transmitir informação (sinais com estrutura lógica). Acreditando que possíveis seres extra-terrestres inteligentes se manifestam de maneira similar, desde 1960 se usam radiotelescópios para tentar captar sinais deles. Esta busca leva a sigla
SETI, do inglês Search for Extra-Terrestrial Intelligence, ou Busca de Inteligência Extra-Terrestre. Até hoje não houve nenhuma detecção, mas esta busca se baseia em emissões moduladas de rádio, que produzimos aqui na Terra somente nos ultimos 60 anos. Hoje em dias, as tramissões de dados por ondas eletromagnéticas estão sendo superadas por transporte de informação por fibras óticas, que não são perceptíveis a distâncias interestelares”.
Outro aspecto importante que precisa ser levado em consideração, quando tratamos do referido assunto e que confunde e muito as pessoas é a existência do Objetos Voadores não identificados - OVNIs, ou os famosos Et’s, vejamos o que os mesmos autores trazem sobre o assunto: “Devido às grandes distâncias interestelares, e à limitação da velocidade a velocidades menores que a velocidade da luz pela relatividade de Einstein, não é possível viajar até outras estrelas e seus possíveis planetas. O ônibus espacial da NASA viaja a aproximadamente 28 000 km/hr e, portanto, levaria 168 000 anos para chegar à estrela mais próxima, que está a 4,4 anos-luz da Terra. A espaçonave mais veloz que a espécie humana já construiu até agora (Voyager da NASA) levaria 80 mil anos para chegar à estrela mais próxima.
Mesmo com um reator de fusão nuclear, o combustível necessário para a viagem à estrela mais próxima ocupa mil navios supertanques, e levaria 900 anos. O Dr. Bernard M. Oliver (1916-1995), diretor de pesquisa e vice-presidente da Hewlett-Packard Corporation e co-diretor do projeto de procura de vida extra-terrestre Cyclops da NASA, calculou que para uma espaçonave viajar até esta estrela mais próxima a 70% da velocidade da luz, mesmo com um motor perfeito, que converte 100% do combustível em energia (nenhuma tecnologia futura pode ser melhor que isto), seriam necessários 2,6 × 10^16 Joules, equivalente a toda a energia elétrica produzida em todo o mundo, a partir de todas as fontes, inclusive nuclear, durante 100 mil anos, e ainda assim, levaria 6 anos só para chegar lá. O importante sobre este cálculo é que ele não depende da tecnologia atual (eficiência de conversão de energia entre 10 e 40%), pois assume um motor perfeito, nem de quem está fazendo a viagem, mas somente das leis de conservação de energia. Esta é a principal razão que os astrônomos são tão céticos sobre as notícias que os OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), ou UFOs (Unidentified Flying Objects) são espaçonaves de civilizações extra-terrestres. Devido às distâncias enormes e gastos energéticos envolvidos, é muito improvável que as dezenas de OVNIs noticiados a cada ano pudessem ser visitantes de outras estrelas tão fascinados com a Terra que estão dispostos a gastar quantidades fantásticas de tempo e energia para chegar aqui. A maioria dos OVNIs, quando estudados, resultam ser fenômenos naturais, como balões, meteoros, planetas brilhantes, ou aviões militares classificados. De fato, nenhum OVNI jamais deixou evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para demonstrar sua origem de fora da Terra.”
Portanto, não acreditamos na existência da vida inteligente fora do nosso planeta Terra. Aprofunde o estudo sobre o referido assunto, lendo o material completo de
Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva em: http://astro.if.ufrgs.br/vida/index.htm
E você o que pensa sobre o assunto? Deixe o seu comentário postado aqui em nosso blog.

Um comentário:

Olga Luísa disse...

Olá professor,
Concordo em alguns pontos e discordo em outros, afinal, como negar que nós, terráqueos, não temos tecnologia para chegar a estrela mais próxima, este fato é realmente impossível. Mas discordo quando defende a tese de que realmente não existe vida em outro planeta, nosso universo não foi, e talvez nunca será, totalmente explorado, então, como podemos afirmar com tanta certeza que não existe vida em algum planeta distante em uma galaxia que nem sabemos da existencia??
Essa é uma discussão muito interessante e muito longa, com muitas divergencias em todos os pontos.
Abraços e até a próxima aula!
Olga